Revelado: 50 fraudes que desestabilizaram a sociedade
Estudo mostra exemplos de fraude nos cinco maiores setores que quase minaram a economia
Definida como “ato ilícito, criminoso, destinado a resultar em ganhos financeiros ou pessoais”, a fraude está presente em todos os setores da economia e todos os níveis da sociedade. Também abrange todos os tipos de desvios, desde falsos pagamentos, lavagem de dinheiro, propina, roubo de identidade e evasão fiscal: a fraude pode custar caro e ser bastante prejudicial para a sociedade.
No Confiavel.com, nós descobrimos e investigamos 150 casos de corrupção em cinco diferentes setores: Negócios, Esportes, Apostas, ONGs e Política, e selecionamos 10 de cada categoria para mostrar como atuaram, suas consequências e as variadas formas que atos ilícitos atingiram a sociedade. Os resultados dessa pesquisa apresentam um panorama abrangente e permitem a comparação da natureza e do tamanho da fraude, e como as táticas e estratégias de ganhos indevidos evoluíram ao longo das décadas.
A companhia americana de energia e serviços declarou falência em 2001, depois da descoberta de que sua condição financeira era sustentada por um esquema de fraude e corrupção.
O ex-consultor de investimentos foi preso em dezembro de 2008, acusado de operar o maior esquema de pirâmide financeira da história do país.
A antiga empresa de serviços financeiros declarou falência em 2011, após a revelação de que a companhia estava misturando fundos dos clientes e empresas para fins de transferências e empréstimos ilícitos.
O vice presidente da empresa de serviços corporativos fez uso de fraudes na contabilidade, inflando os lucros que a companhia tinha.
O operador financeiro francês foi condenado a prisão em 2008, em um incidente de grande perda financeira da Société Générale.
O bancário e seu auditor, Ernst e Young, foram presos por se envolverem em fraudes de imobiliárias. O colapso da empresa levou à maior falência da história e foi uma fagulha para iniciar uma crise financeira.
O CEO da segunda maior agência de telecomunicações dos Estados Unidos foi condenado à prisão por fraudes de valores imobiliários, conspiração e apresentação de sete relatórios falsificados para os reguladores.
Hamanaka foi a figura central no escândalo da empresa Sumitomo Corporation. Ele foi declarado culpado de falsificação e transações fraudulentas para encobrir perdas financeiras enormes.
Schmider foi o fundador da FlowTex, uma empresa de tecnologia alemã. Ele vendeu mais de 3000 equipamentos que não existiam.
Três banqueiros foram presos por conspirarem em um esquema de empréstimos que desviou uma enorme quantia em dinheiro da indústria pesqueira de Moçambique e das defesas costeiras, que foram usados para pagar propinas para funcionários do governo.
O famoso piloto de MotoGP, campeão mundial, enfrentou acusações de evasão fiscal após declarar que morava Grã-Bretanha, sendo que residia a maior parte do tempo na Itália.
A lenda do futebol mundial, em algumas ocasiões, registrou erroneamente sua renda na declaração de imposto.
Em 2014, o presidente do Bayern de Munich foi preso por evasão fiscal.
O astro do futebol enfrenta um processo de fraude e corrupção relacionado à parte de sua taxa de transferência, na negociação entre Santos e Barcelona, em 2013, um valor que foi ilegalmente ocultado.
O jogador português vai ter que pagar milhões em impostos e taxas para as autoridades espanholas por não ter declarado todos os seus ganhos de contratos publicitários.
O famoso jogador colombiano está enfrentando uma acusação de fraude no pagamento de impostos para Espanha por ter se declarado como não-residente.
O campeão de tênis foi obrigado a mudar sua empresa do País Basco para as Ilhas Baleares e pagar os milhões que ele havia economizado em impostos.
A corte espanhola declarou o jogador colombiano culpado por crimes fiscais relacionados a falsas declarações de renda e fraude de direitos de imagem.
O grande jogador foi considerado culpado por usar paraísos fiscais em Belize e Uruguai para ocultar lucros vindos por direitos de imagem.
A estrela do futebol de Camarões foi considerado culpado por não cumprir suas obrigações fiscais entre 2006 e 2009.
Entre 1995 e 2000, os irmãos fraudaram a pontuação de crédito e a identidade de jogadores vitoriosos, o que permitiu que eles tivessem acesso a grandes quantias de crédito.
Esse homem foi capaz de enganar os oponentes e ganhar milhares de dólares no Crown Casino, em Melbourne. Com a ajuda de um cúmplice por meio de uma transmissor de ouvido, ele conseguia ter acesso às mãos dos oponentes, prevendo seus atos no poker.
Esse apostador usou um ímã e ferramentas magnéticas para roubar milhões nos cassinos de Las Vegas nos anos 80.
O jogador de poker profissional foi acusado de trapacear no Crockfords Casino, em Londres, por conseguir perceber pequenos e imperceptíveis detalhes nas cartas do jogo.
Entre 2002 e 2007, Truong e seus amigos usaram um truque de “falso embaralhamento” para ganhar milhões.
O time de estudantes de matemática fundaram uma companhia chamada Strategic Investments, que treinava outros estudantes brilhantes para contar cartas e utilizar esse recurso nos cassinos.
Um time de 3 pessoas foi preso em 2004 por usar um laser scanner no smartphone para vencer na roleta no Ritz Hotel Casino, em Londres.
O apostador espanhol descobriu pequenas falhas e imperfeições para explorar nas roletas, permitindo que ele conseguisse calcular os números corretos para apostar.
Keshishyan e alguns amigos descobriram uma falha de segurança nas transações eletrônicas do Citibank, explorando 20 contas diferentes. Eles usavam os caixas eletrônicos nos cassinos para sacar várias vezes uma quantia em dinheiro que tinham recém depositado em suas contas.
No Borgata Poker Open em 2014, Lusari usou 160 fichas falsificadas.
Autoridades do governo se apropriaram de fundos de empresas estatais para benefício próprio. A Petrobras, companhia de petróleo nacional, foi usada para arrecadar milhões para financiar campanhas políticas e enriquecimento de algumas pessoas.
O comandante de finanças do governo italiano conspirou com o magnata da indústria do petróleo Bruno Musselli e outros, em uma lucrativa fraude nos impostos, que envolvia contrabando de combustível para a Itália com menores taxas.
O ex-prefeito de São Paulo lavou dinheiro de projetos de desenvolvimento urbano para ter enriquecimento pessoal, depositando as quantias roubadas em bancos ao redor do mundo.
O ex-assessor de planejamento urbano foi considerado culpado por aceitar milhões de dólares em propinas de empresas do ramo da construção civil. Parte do dinheiro era repassado para funcionários públicos, que remarcavam as terras e permitiam empreendimentos milionários.
O empresário pagou uma série de propinas para políticos, incluindo carros e estadias em hotéis, para garantir contratos com o governo. Ele foi parte de um escândalo maior de corrupção na Espanha, chamado caso Gürtel.
Com 25 pessoas envolvidas no esquema, o político italiano e ex-prefeito de Roma foi acusado de fraude e corrupção ao inflar e ampliar os valores de contratos da construção da linha C do metrô da cidade.
O chefe executivo e gerente geral do El Aquitaine, uma empresa de petróleo francesa, foi sentenciado a cinco anos de prisão por utilizar o dinheiro da companhia para pagar propinas de contratos lucrativos.
Funcionários do governo, empresários e sindicatos foram acusados de uso indevido e manipulação fraudulenta de subsídios alocados para pagar o salário de profissionais e a aposentadoria.
O gerente de campanha de Donald Trump foi considerado culpado por fraude fiscal e bancária. Recentemente, ele perdeu sua licença para advogar e foi sentenciado a 47 meses de prisão.
O ex-primeiro ministro da Itália e dono do clube de futebol A.C. Milan, foi acusado de inúmeras formas de abuso de poder e corrupção.
Os voluntários que atendiam aos telefonemas do Cancer Fund of America garantiam que o dinheiro arrecadado seria destinado para a compra de remédios que diminuíssem a dor de crianças que tratavam a doença, mas somente 3% do valor arrecadado ia realmente para a causa.
Em 1989, John Bennett Jr. fundou uma organização que prometia dobrar o investimento de instituições de caridade. Mas, a organização era um fraudulento esquema de pirâmide, que pagava os primeiros investidores com o dinheiro dos que estavam chegando.
Duas instituições de caridade fundadas pelo empresário Roger Chapin receberam apenas 25% das doações entre 2004 e 2006. O resto do dinheiro arrecadado foi gasto em benefício do próprio Roger, incluindo indenizações exorbitantes e contas de hotéis e restaurantes.
Chew Eng Han, o pastor de uma das igrejas evangélicas mais ricas de Singapura, usava a igreja para financiar a carreira musical de sua esposa, Sun Ho.
A organização relatou perdas em seu escritório no Quênia depois que funcionários desviaram fundos. A atividade fraudulenta incluía excesso de membros na equipe, gastos excessivos e falhas na supervisão dos serviços contratados.
Uma instituição anti minas terrestres foi acusada de obter fundos para desativar minas na Bósnia-Herzegovina, no Iraque e no Líbano, sem cumprir todos os requisitos que garantissem o financiamento.
Um funcionário de uma entidade cristã do Reino Unido foi acusado de roubar fundos para pagar pela hipoteca de suas amantes e finais de semana luxuosos.
Alegações de fraudes foram feitas contra o advogado e amigo pessoal de Nelson Mandela, Ismail Ayob, que desviou o dinheiro arrecadado na instituição Mandela Trust.
Dois irmãos na Alemanha criaram inúmeras caixas de caridade para encherem seus próprios bolsos de dinheiro. Mais de 50% do dinheiro que foi arrecadado para doações foram utilizados em gastos pessoais dos fundadores.
O ex-chefe do setor anti-fraude da Oxfam, McKenzie-Green, roubou da organização milhões de euros. Ele preencheu 17 faturas de empresas falsas em nove meses, enquanto investigava as atividades de seus colegas após o terremoto do Haiti.
Metodologia
Para esse estudo, 5 dos maiores setores reconhecidos por um histórico de atividade fraudulenta foram identificados: negócios, esportes, apostas, ONGs e política. As categorias permitem uma fácil comparação entre os exemplos de corrupção. 150 dos maiores casos de fraudes em todo o mundo foram revelados, com um top 10 selecionado para cada segmento. O estudo incluiu somente exemplos em que a informação sobre o valor total desviado está disponível. Em muitos casos, esse valor foi apresentado em reais (R$), com todas as conversões realizadas.
Para as categorias: negócios, esportes, apostas e política, as maiores fraudes da história foram classificadas pelo valor da soma, e para as ONGs, as maiores organizações foram identificadas primeiramente, para então entrar para o ranking. Os dados para esse estudo foram encontrados em artigos da mídia e a cobertura realizada nos últimos anos. Apenas fontes confiáveis foram usadas, de grandes nomes da comunicação e de empresas públicas. Dentre elas: