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Casas de apostas representam menos 3% das publicidades na TV
Se você acha que os comerciais de sites de apostas dominam a TV brasileira, tenho uma notícia interessante: talvez você seja exatamente o público-alvo das bets e por isso esteja sendo impactado por tanta publicidade. Pelo menos, essa é a conclusão a que podemos chegar a partir de um estudo divulgado recentemente.
Segundo um levantamento da Tunad, empresa focada em dados relacionados à área mídia, e repercutida pela Folha de S. Paulo, as casas de apostas ocupam menos de 3% de todo o espaço publicitário da TV aberta brasileira. Ou seja: apenas 1 a cada 34 comerciais, em teoria, são das bets.
O estudo apontou que, desde 2023, a participação dos sites de apostas nunca ultrapassou os 3%. O recorde foi em abril de 2024, justamente às vésperas do Campeonato Brasileiro: 2,9%. Em maio, a média foi de 2,7%. Este percentual oscilou na casa dos 2,1% durante os meses marcados pelos torneios estaduais deste ano, durante os Estaduais.
“Mas por que eu não paro de ver tanta propaganda sobre elas?”, você pode se perguntar. Pois a resposta pode ser justamente por causa da segmentação desses anúncios.
De fato, basta ligar a televisão para sentirmos que “só” vemos comerciais das casas de apostas. Acontece que isso pode ser por conta do momento em que você está assistindo à TV.
Segundo a Tunad, a presença de sites de apostas nos comerciais de TV aberta cresce consideravelmente durante programas e eventos esportivos. Em maio de 2024, por exemplo, este índice chegou a 20%.
Quais as bets que mais anunciam?
Segundo a pesquisa divulgada pela Tunad, a Betano é quem mais aparece em comerciais de TV aberta no Brasil. A casa, que também é patrocinadora do Campeonato Brasileiro, representa quase 1/4 dos anúncios televisivos.
Quem também aparece com força é a Superbet, que entrou no mercado brasileiro no final de 2023/início de 2024: 17%. A lista das cinco mais presentes é completada por Sportingbet (11%), Esportes da Sorte (6%) e Betsul (5%).
O estudo levou em consideração os intervalos comerciais na região da Grande São Paulo e também considerou canais de sinal fechado. No total, mais de 170 emissoras foram estudadas – inclusive Globo, SBT, Band e Record.