Casas de Apostas prometem segurança para apostar no Brasil

Escrito por Ruth Oliveira Atualizado em 22 de outubro de 2024

Em uma carta aberta, as empresas do setor se defendem de críticas e reafirmam seu compromisso com os consumidores.

empresas de apostas esportivas

Destaques sobre o tema:

Um momento histórico e as críticas ao mercado de apostas

As casas de apostas que atuam no Brasil, representadas por cinco associações do setor, publicaram uma carta aberta se defendendo de críticas e destacando a importância do momento histórico que o país está vivenciando.

Apesar do processo de regulamentação em curso, segmentos econômicos levantam preocupações em relação às operadoras de apostas, considerando a situação alarmante para a sociedade brasileira.

João Pedro Nascimento, presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), afirmou em um painel na 25ª Conferência Anual do Santander que “não vai esvaziar o mercado de capitais como alguns disseram. Vai esvaziar a geladeira dos brasileiros”.

Além disso, dados da PwC Brasil indicam que famílias com menores rendas gastam cerca de 1,38% do seu orçamento com apostas. Economistas do Itaú também relataram que, em um único ano, os brasileiros perderam R$23,9 bilhões em apostas.

*As cinco organizações do setor incluem: Associação Nacional de Jogos e Loterias (ANJL), Instituto Brasileiro Jogo Legal (IJL), Associação Internacional de Gaming (AiGaming), Associação Brasileira de Defesa da Integridade do Esporte (ABRADIE) e Associação em Defesa da Integridade, Direitos e Deveres nos Jogos e Apostas (ADEJA).

A defesa das empresas em carta aberta

Na carta aberta, as operadoras afirmam que a indústria de apostas não é responsável pela alegada queda no consumo dos brasileiros ou pelo aumento do endividamento.

“Os dados divulgados recentemente pelo IBGE mostram que, apenas no segundo trimestre deste ano, o consumo das famílias cresceu 1,3% em relação ao primeiro trimestre e 4,9% na comparação com o mesmo período de 2023. Ou seja, os brasileiros não estão cortando gastos para apostar”, destacam.

As operadoras também ressaltaram que o público-alvo principal é composto pelas classes A e B, contrariando o que foi mencionado pela PwC Brasil. “As empresas que operam de maneira ética no Brasil não têm como foco essas camadas sociais, sendo que seus principais consumidores estão nas classes B e C. Portanto, embora apostadores de classes mais vulneráveis estejam presentes, representam uma pequena parcela”, afirmam.

Empresas prometem um ambiente mais seguro em 2025

Com a regulamentação se aproximando, as empresas afirmaram na carta que, a partir de 1º de janeiro de 2025, “o Brasil terá um ambiente seguro para as apostas, com regras definidas e punições para aqueles que violarem as normas, sempre priorizando o consumidor”.

A partir dessa data, o Ministério da Fazenda deve finalizar a análise para que as empresas que atendam todos os requisitos possam continuar suas atividades no mercado.

As operadoras pagarão R$30 milhões, o que lhes permitirá utilizar três marcas e operar por um período de cinco anos.

Carta aberta das operadoras de apostas esportivas

Desde o início de 2023, o Brasil está passando por um momento histórico com a regulamentação de uma nova indústria: as apostas esportivas e jogos online. Nos últimos meses, diversos setores da economia expressaram preocupações, muitas vezes exageradas, sobre os potenciais impactos desses serviços de entretenimento na população. Por isso, as operadoras que assinam esta Carta Aberta à Nação Brasileira buscam esclarecer alguns pontos e reafirmar seu compromisso com a proteção dos consumidores, a transparência e o combate a práticas prejudiciais.

É fundamental desmentir informações que têm sido divulgadas de forma especulativa sobre o mercado. Desde 2019, o Brasil possui um setor sem regulamentação, e o processo que está em andamento deve ser finalizado no final deste ano. Essa ausência de regulamentação facilitou a entrada de empresas sérias, com vasta experiência no mercado internacional, mas também de operadores sem compromisso com a integridade e a responsabilidade.

As afirmações de que a indústria de apostas é responsável pela alegada redução no consumo ou pelo aumento do endividamento não são sustentadas por dados concretos. Os números divulgados recentemente pelo IBGE revelam que, no segundo trimestre deste ano, o consumo das famílias aumentou 1,3% em comparação ao primeiro trimestre e 4,9% em relação ao mesmo período de 2023. Portanto, os brasileiros não estão priorizando apostas em detrimento do consumo.

Uma pesquisa recente indicou que apostadores das classes D e E utilizam em média 1,38% do orçamento familiar em apostas. A indústria que atua de forma ética no Brasil não considera essas camadas sociais como seu principal público, que se concentra nas classes B e C. Assim, pessoas financeiramente vulneráveis, embora presentes no universo de apostadores, representam uma parcela mínima.

A indústria, no entanto, não ignora os casos de compulsão que têm sido relatados, embora sejam raros. Por isso, as casas de apostas que assinam esta Carta reafirmam seu compromisso com um ambiente regulado, íntegro e responsável, e se opõem a qualquer publicidade que induza comportamentos compulsivos ou promessas de ganhos fáceis.

Como parte desse compromisso, as operadoras estão promovendo campanhas de conscientização e educação para os apostadores, enfatizando que os jogos online e as apostas esportivas devem ser encarados como formas de entretenimento, e não como uma fonte de renda.

Trabalhar contra a regulamentação é o mesmo que apoiar a permanência de sites ilegais no país, que não seguem as boas práticas do mercado regulado. Isso empodera aqueles contra os quais o governo, as empresas sérias e a sociedade devem lutar.

Por fim, as empresas estão confiantes de que, a partir de 1º de janeiro de 2025, com a implementação do mercado regulamentado, o Brasil terá um ambiente seguro para apostas, com regras claras e medidas punitivas para quem violar as normas, sempre priorizando o consumidor.

13 de setembro de 2024,
Associação Nacional de Jogos e Loterias (ANJL) – organizadora
Instituto Brasileiro Jogo Legal (IJL)
Associação Internacional de Gaming (AiGaming)
Associação Brasileira de Defesa da Integridade do Esporte (ABRADIE)
Associação em Defesa da Integridade, Direitos e Deveres nos Jogos e Apostas (ADEJA)

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